quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Brasileira nega futebol, vira ícone do skate e tenta mudar esporte feminino

Batom, rímel e uma bandana amarrada na cabeça são os acessórios indispensáveis para Leticia Bufoni, uma das atuais estrelas do skate mundial. Aos 20 anos, a brasileira lidera o ranking mundial da categoria street e soma dois ouros em X Games. O esporte, porém, poderia ter sido outro e ela, talvez, não fosse tão vitoriosa.

 Quando era adolescente, Leticia foi chamada para jogar futebol no Juventus, time do tradicional bairro da Mooca. Talentosa com os pés, ela ficou feliz com a proposta, mas nem chegou a pensar em aceitá-la, pois já estava encantada com as manobras do skate. Começou a praticar com apenas 10 anos e, aos 12, ganhou o primeiro patrocínio, fruto de vitórias em competições nacionais. Aos 14 anos, participou de seu primeiro X Games, o maior evento de esportes radicais do mundo. Com isso, foi morar nos Estados Unidos e deslanchou no esporte. No começo, porém, Leticia teve de enfrentar a resistência dos pais, que priorizavam os estudos da filha ao esporte "de noia", e o preconceito, até hoje presente, por ser mulher. "Muita gente já me olhou torto por eu andar de skate. Essa visão geral de que skate é um esporte masculino atrapalha demais a formação de novos talentos. Um dos meus objetivos é tentar mudar isso e ajudar a transformar o skate feminino", revela. Em entrevista ao UOL Esporte, Leticia explicou como pretende mudar a "cara" do skate feminino, contou um pouco sobre as dificuldades no início da carreira e sobre o bom momento.

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